28 de fev. de 2010

AS VERDADES QUE NÃO SAEM NA GRANDE MÍDIA

FOTOS: http://www.gilbertoamaral.com.br/Revistas/vida_brasil/vida_brasil_289.htm

TEXTO PUBLICADO NESTE BLOG EM 30/06/09. AS RECENTES DENÚNCIAS DA CAIXA DE PANDORA APENAS CONFIRMA O QUE MUITA GENTE JÁ SABIA.


"O ATUAL GOVERNO ESTÁ PROMOVENDO A MAIOR
VENDA DE TERRA PÚBLICA DE TODA A HISTÓRIA DO DF"


"OBRAS PARA FAZER MAIS OBRAS, LEITE E PÃO (E CIRCO) PARA O POVO CALAR A BOCA, ELOGIAR O GOVERNO E NÃO FAZER AS COBRANÇAS QUE REALMENTE IMPORTAM".


"Brasília foi (e é) o maior canteiro de obras que esse País já viu. Quem vinha trabalhar aqui era gente moça, gente limpa, idealista. Quem ficou milionário aqui ultrapassou os limites da decência. Ouço essa gente muito rica dizer que eles ajudaram Brasília. Nada disso. Brasília é que os fez encher os bolsos de dinheiro''.

Carlos Magalhães da Silveira - Foi secretário de Obras Públicas do DF, no governo José Aparecido de Oliveira (1985 a 1988). Achou que poderia retomar o ritmo monumental de Brasília e estancar as grilagens e o clientelismo. Como Secretário, ele terminou a Praça dos 3 Poderes, fez o Panteão da Pátria, levou obras de Niemeyer para as cidades satélites, iniciou a despoluição do Lago Paranoá, mandou destruir cercas e muros para construir a ciclovia e mais de 30km de passeio no Lago Sul. Hoje quem anda no bairro mais nobre de Brasília até se esquece que há 18 anos nem havia passeio público por lá. Por outro lado, notificou 140 processos de loteamentos irregulares, denunciou empreiteiros e invasões.



Na TV, o GDF começa a intensificar sua propaganda, que basicamente serve para mostrar seu suposto compromisso com as classes menos favorecidas que ao longo dos anos tem aumentado vertiginosamente em todo o Distrito Federal, fruto de anos de propaganda promovida nos outros estados do País, isso sem a Captal (que estava planejada para 500 mil habitantes no ano 2000) ter a menor condição de receber tanta gente.

Sem políticas públicas de desenvolvimento social realmente sérias nas áreas de educação, saúde, transporte, habitação, emprego, entre tantas outras, o Distrito Federal tem sido palco de um dos maiores adensamentos humanos jamais visto em todo o País, perdendo somente para São Paulo e Rio de Janeiro em termos de números, porém nada devendo em termos de desorganização, ilegalidades e de atendimento a interesses particulares.

De um lado temos a população carente e a classe média remediada sendo atendida pelo governo com ações sociais pontuais e paliativas que não diminuem de verdade o abismo social que está instalado no Distrito Federal: cartões de benefícios sociais, pão e leite, DF digital que mal adestra as pessoas a usarem o computador, pequenas obras nas cidades e ações descontinuadas de governo que não terão andamento.

De outro temos o governo usando dinheiro público para implantar bairros de alto luxo na Capital, com o metro quadrado chegando a 20 mil reais, entre outras ações que privilegiam a classe 'A' da Capital. Por meio da TERRACAP, o atual governo está promovendo a maior venda de terra pública de toda a história do Distrito Federal, a toque de caixa e ignorando os diversos alertas feitos pela população, entidades de classes e especialistas renomados.

"A Terracap também ampliou a oferta de imóveis em Ceilândia, colocando à venda 75 lotes, para atender a demanda do mercado imobiliário. Ainda nesta licitação, a Terracap oferta terrenos em Águas Claras (1), Brasília (2), Pólo de Modas do Guará (1), Taquari (12), Recanto das Emas (4), Riacho Fundo (1), Taguatinga (2) e Sobradinho (3). (Com informações da Terracap)."
Jornal COLETIVO de 19 de Junho de 2009


JC Gontijo é Paulo Octávio, e Paulo Octávio é JC Gontijo
Os "donos do DF" e seus amigos, José Augusto Pinheiro, os deputados Osório Adriano, Eunício de Oliveira e o vice governador do DF Paulo Octávio e o dono da JC Gontijo, José Celso Gontijo: Paulo Octávio e JC Gontijo à direita: na Capital Federal, vice governador é amigo do maior empreiteiro do centro-oeste. Foto de festa badalada de socialites, costumeiras na capital do lucro fácil proveniente de recursos públicos.


Este é o governo que está entregando o Distrito Federal em uma bandeja de prata na mão do mercado imobiliário e do capital especulativo, e ao povo só migalhas: pão, circo e muita miséria, falta de hospitais decentes, de escolas descentes, desemprego e índices de violência jamais vistos em toda a história do DF.

Com relação ao meio ambiente, o governo já mostrou que políticos e empreiteiros detestam a ecologia e meio ambiente e até hoje o DF tem 56 parques não implantados e ainda o governo quer acabar com o Parque do Guará, uma área protegida por lei, que hoje encontra-se ocupada por chacareiros que estão sofrendo forte assédio de grandes empreiteros que, com a grande ajuda do GDF, da Câmara Legislativa e TERRACAP, estão levando a cabo seu projeto de vender a área do parque e transformar tudo em um grande complexo de condomínios privados de luxo.

Proposta do executivo transforma a área do parque em ZONA
URBANA, conforme descrito no ANEXO 1 DO PDOT
aprovado pela CLDF em 17/03/2009, na calada da noite.

No anexo 1 do PDOT, que trata do "Zoneamento e unidades de planejamento territorial", o Parque Ecológico do Guará simplesmente "sumiu do mapa" na proposta apresentada pelo executivo e aprovada na Câmara Legislativa. População ficou completamente fora desse processo e destas decisões. Baixe o projeto do PDOT e veja os anexos:



O governador vetou o artigo que parcela o parque, mas ele (e seu vice) liberou a Câmara Legislativa para derrubar o veto, em uma jogada política em que ele (Arruda) não assume a responsabilidade pelo fim do Parque e pela insatisfação de 130 mil habitantes.

O atual governo trabalha usando a velha lógica Romana do Pão e Circo, de forma a tirar a atenção da população para os reais problemas enfrentados hoje no Distrito Federal que são a má gestão pública em todas as áreas sociais e a total subserviência aos grandes interesses econômicos:

ALGUMA SEMELHANÇA COM O DISTRITO FEDERAL ATUAL?
(Pólítica Romana - Pão e Circo: Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.)

AOS RICOS QUE ANDAM DE AVIÃO O SUPOSTAMENTE BARATO VLT, AOS POBRES QUE ANDAM DE ÔNIBUS A MONUMENTAL LINHA VERDE QUE, AO LONGO DE SEU TRAJETO, ESTÁ ACABANDO COM O POUCO VERDE QUE TEMOS E SERVIRÁ PARA ATENDER AOS GRANDES EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS AO LONGO DA VIA!

O polêmico projeto do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos),
foi criticado e reprovado por Oscar Niemeyer, e como tantos outros
projetos do GDF, não foi abertamente discutido com a população,
nem divulgado.

Com relação as inúmeras obras que o governo diz ser um "presente para a cidade", na verdade as mesmas tratam de preparar todo o DF para mais obras, uma vez que não seria possível construir mais prédios sem ter primeiro as questões de infra-estrutura e de trânsito plenamente resolvidas, portanto as obras de que o governo tanto se orgulha em dizer que é para melhorar a vida do cidadão não tem isso como real e principal finalidade, mas a principal é proporcionar a construção de mais prédios e a implantação de mais cidades em todo o território do DF (conforme o atual PDOT que cria nada menos que 29 novas áreas habitacionais em uma só canetada do governador), com a principal finalidade de lucros vultosos das empresas da construção civil que contribuíram para a campanha do atual governador e seu vice, que simplesmente é um dos maiores empreiteiros da cidade e que tem privilegiado seus amigos com mais de 1700 obras em todo o DF.

GDF presenteia dono de terras no DF

Os "donos do DF" e seus amigos, Deputado Eunício de Oliveira, ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga, conselheira do Tribunal de Contas do DF Anilcéia Machado, Margarida Fernandes e o vice governador do DF Paulo Octávio: publicamente eles não aparecem juntos, só nas festa reservadas aos ricaços e poderosos políticos de Brasília, onde a negociata rola solta. Conforme denunciou Carlos Magalhães da Silveira, em vídeo no youtube, o Sr. Pimenta da Veiga será beneficiado com milhões por meio do PDOT proposto pelo atual governo que tem como vice governador seu amigo Paulo Octávio.

O DF é hoje o maior canteiro de obras da américa latina e também é a maior concentração de guindastes da américa latina. Portanto as inúmeras obras são para atender os amigos do governador Arruda e principalmente de seu vice, Paulo Octávio, que abriu mão de concorrer a eleição de 2006 como governador aceitanto como moeda de troca o apoio irrestrito do Arruda a todos os seus projetos de contratos e obras de infra estrutura para o DF com vista a potencializar o lucro de suas empresas e das empresas de seus amigos.

Portanto o GDF usa dinheiro público para fazer obras na cidade e dar lucro para as empresas da construção civil e para privilegiar o mercado imobiliário regional, que hoje é o principal mercado da região.

Paulo Octávio não mente quando diz que as obras geram milhares de empregos, mas o que ele não diz é que empregos temporários não é política pública responsável pois após as obras os trabalhadores simplesmente são demitidos, sem terem para onde ir e engrossando ainda mais as filas de desempregados na cidade.

Outro fato é que o vice governador ignora as estatísticas de acidente de trabalho no setor da construção civil (inclusive na sua própria empresa que acumula processos na justiça trabalhista), que hoje tem a maior estatística de acidentes de trabalho de todo o Brasil e é o setor menos fiscalizado, ou seja, tem muitos funcionários morrendo nas obras em condições totalmente insalubres de trabalho e o governador e vice simplesmente ignoram isso, não proporcionando política social responsável para a segurança do trabalhador. Este é um governo que não zela pela saúde e bem estar geral do trabalhor público e da iniciativa privada.

Portanto, este governo de obras é para os ganancioso, AMIGOS DO REI, não para a população.

Ao povo, só o pão e o circo. Viva Brasília 50 anos! 50 anos de descaso, hipocrisia e lucro fácil na Capital Federal para seus amigos, com mais de 1700 obras em todo o Distrito Federal conforme declarou o Sr. Paulo Octávio e confome denuncia Carlos Magalhães da Silveira.