...ENQUANTO ISSO, OS PARQUES PERMANECEM ABANDONADOS, SUCATEADOS
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LAZER
Brasilienses sem espaço
17/10/2009 08h15
As reclamações não partem apenas de crianças. Adultos também disparam críticas contra a falta de opção gratuita. A solução apontada pela população é investir em ações culturais
Rafaella Osler rafaella@jornalalobrasilia.com.br
O feriado mais esperado por milhares de crianças finalmente chegou. Nesta segunda-feira (12) será comemorado o Dias das Crianças, e no Distrito Federal, como parte dos festejos, diversão e atividades gratuitas não vão faltar. Com certeza a data ficará marcada na memória da criançada, mas na terça-feira, tudo voltará ao normal. Ao invés de uma vez por ano, porque não pelo menos uma vez a cada mês? Essa é uma pergunta que os brasilienses gostariam de saber. Não em relação a comemoração do feriado, mas em relação as opções de lazer que Brasília oferece. Para grande parte da população, diversão gratuita não existe mais, além dos famosos parques e a Água Mineral.
Na Estrutural, por exemplo, existe apenas uma praça para a comunidade, e uma simples quadra poliesportiva. Por falta de opção, as crianças se arriscam e brincam pelas ruas em meio aos carros. O jovem Gabriel de Deus, 11 anos, adora andar de bicicleta, mas muitas vezes deixa de brincar porque seus pais ficam com medo do menino se acidentar. “Aqui é assim. Não tem nem um parquinho pra gente brincar. Ganhei uma bicicleta do meu pai e as vezes ele não deixa eu usar porque como aqui não tem calçada, ele fica com medo de um carro me pegar”, contou entristecido. Segundo Gabriel, para sair da rotina, quando a mãe tem condições eles vão até o Parque da Cidade. “Eu adoro quando vou brincar lá. É um lugar bonito e tem muita gente legal. Aqui na estrutural não tem nada”, destacou.
O pequeno Jonatha Divino – morador da Estrutural – também se queixou. “Jogo bola na rua porque os malas daqui não deixam a gente entrar na quadra. Lá só fica gente do mal e um monte de drogado. E a gente não pode nem passar la perto, porque eles roubam”, afirmou intimidado. Não é a toa que Jonatha está ansioso pelas comemorações do dia de hoje. “Vai ter várias atividades de graça. Pelo menos um dia não vamos ficar brincando no meio da rua e vamos ter diversão de verdade”, finalizou.
Em Santa Maria a situação é um pouco melhor. Entretanto, a cidade ainda carece de lazer. “Só tem um parquinho aqui. O problema é que quando está calor, fica muita poeira. Já quando chove, os brinquedos ficam cobertos de lama. Mesmo assim a gente traz nossos filhos, pois é a única coisa que tem para eles por aqui”, enfatizou a dona de casa Noemi Rodrigues, enquanto observava a filha de seis anos brincar no balanço.
Falta de opção – Não é somente a molecada de Brasília que reclama de falta de lazer. Os adultos também questionam sobre o assunto. “Só temos a Água Mineral, o Parque da Cidade e o Zoológico. Mesmo assim em todos esses locais é preciso ter dinheiro. O governo deveria concluir o Projeto Orla e investir em ações culturais gratuita”, sugeriu a auxiliar de escritório Marina de Souza, 31 anos.
Para o enfermeiro Joel Araújo, o lazer deveria atingir todos os bairros da cidade, e não só a área central. “Tem muitas pessoas que não tem condições de vir para o Plano Piloto em busca de diversão. Todas as administrações regionais deveriam investir em lazer”, frisou.
Da redação do Jornal Alô Brasília
Rafaella Osler rafaella@jornalalobrasilia.com.br
O feriado mais esperado por milhares de crianças finalmente chegou. Nesta segunda-feira (12) será comemorado o Dias das Crianças, e no Distrito Federal, como parte dos festejos, diversão e atividades gratuitas não vão faltar. Com certeza a data ficará marcada na memória da criançada, mas na terça-feira, tudo voltará ao normal. Ao invés de uma vez por ano, porque não pelo menos uma vez a cada mês? Essa é uma pergunta que os brasilienses gostariam de saber. Não em relação a comemoração do feriado, mas em relação as opções de lazer que Brasília oferece. Para grande parte da população, diversão gratuita não existe mais, além dos famosos parques e a Água Mineral.
Na Estrutural, por exemplo, existe apenas uma praça para a comunidade, e uma simples quadra poliesportiva. Por falta de opção, as crianças se arriscam e brincam pelas ruas em meio aos carros. O jovem Gabriel de Deus, 11 anos, adora andar de bicicleta, mas muitas vezes deixa de brincar porque seus pais ficam com medo do menino se acidentar. “Aqui é assim. Não tem nem um parquinho pra gente brincar. Ganhei uma bicicleta do meu pai e as vezes ele não deixa eu usar porque como aqui não tem calçada, ele fica com medo de um carro me pegar”, contou entristecido. Segundo Gabriel, para sair da rotina, quando a mãe tem condições eles vão até o Parque da Cidade. “Eu adoro quando vou brincar lá. É um lugar bonito e tem muita gente legal. Aqui na estrutural não tem nada”, destacou.
O pequeno Jonatha Divino – morador da Estrutural – também se queixou. “Jogo bola na rua porque os malas daqui não deixam a gente entrar na quadra. Lá só fica gente do mal e um monte de drogado. E a gente não pode nem passar la perto, porque eles roubam”, afirmou intimidado. Não é a toa que Jonatha está ansioso pelas comemorações do dia de hoje. “Vai ter várias atividades de graça. Pelo menos um dia não vamos ficar brincando no meio da rua e vamos ter diversão de verdade”, finalizou.
Em Santa Maria a situação é um pouco melhor. Entretanto, a cidade ainda carece de lazer. “Só tem um parquinho aqui. O problema é que quando está calor, fica muita poeira. Já quando chove, os brinquedos ficam cobertos de lama. Mesmo assim a gente traz nossos filhos, pois é a única coisa que tem para eles por aqui”, enfatizou a dona de casa Noemi Rodrigues, enquanto observava a filha de seis anos brincar no balanço.
Falta de opção – Não é somente a molecada de Brasília que reclama de falta de lazer. Os adultos também questionam sobre o assunto. “Só temos a Água Mineral, o Parque da Cidade e o Zoológico. Mesmo assim em todos esses locais é preciso ter dinheiro. O governo deveria concluir o Projeto Orla e investir em ações culturais gratuita”, sugeriu a auxiliar de escritório Marina de Souza, 31 anos.
Para o enfermeiro Joel Araújo, o lazer deveria atingir todos os bairros da cidade, e não só a área central. “Tem muitas pessoas que não tem condições de vir para o Plano Piloto em busca de diversão. Todas as administrações regionais deveriam investir em lazer”, frisou.
Da redação do Jornal Alô Brasília