30 de jun. de 2009

É isso que representa a Linha Verde??? O verde está sendo todo devastado!




Carros, carros e mais carros e milhares de pessoas que devem estar ansiosas à espera da conclusão das obras na Estrada Parque Taguatinga (EPTG).

A promessa do governo do DF - veiculada exaustivamente na televisão e por outdoors espalhados pela cidade - é de melhorar o trânsito e dar mais fluidez ao tráfego nos horários de pico. Claro que para os cidadãos que precisam enfrentar essa realidade todos os dias, nada mais importa do que ver o seu problema solucionado e poder chegar logo em casa...

O preço que está sendo pago para viabilizar a tal Linha Verde, no entanto, ao que se percebe, está sendo muito alto. Além de toda a vegetação que já está sendo arrancada sem dó ao longo do trecho em obras -, parte dela composta por eucaliptos -, agora o desatino atinge o Parque Ecológico do Guará Ezequias Heringer, que pela segunda vez, no mesmo mês, sofre mais um golpe. Depois da garantia de permanência dos chacareiros dentro da área, agora é a mata de solo hidromórfico que é atingida. Dói no coração passar pela EPTG e ver máquinas pesadas esmagando a terra preta, úmida... As árvores altas, a vegetação densa característica de onde passa muita água também está indo embora para ser substituída pelo asfalto...

Não é preciso ser um especialista para perceber... Basta um pouquinho de sensibilidade.

Mas, é isso que se pretende mesmo: garantir mais espaço para os carros... não importa o preço... É uma pena.

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29 de jun. de 2009

O que significa a derrubada do veto

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Passe o mouse em cima da imagem para saber o nome e o partido do deputado que derrubou o veto do GDF ao artigo 285 e prejudicou o Parque ecológico do Guará.
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No dia 16 de junho de 2009, na calada da noite, os deputados reuniram-se na Câmara Distrital, e em votação derrubaram o veto do GDF ao artigo 285 do PDOT, veto este indicado anteriormente pelo Ministério Público. Esse artigo é inconstitucional e promove o crime ambiental, pois ele busca transformar uma área de preservação ambiental em área fundiária e assim a parcela! Ou seja, destrói o Parque Ecológico!
O Parque Ecológico do Guará, como é popularmente conhecido, ocupa uma área de aproximadamente 306 hectares. Foi criado atendendo a uma antiga reivindicação da população do Guará. Com a aprovação da lei nº1826 passou a ser chamado Parque Ecológico Ezechias Heringer e está localizado nas áreas 27 e 28 da região administrativa do Guará – RA X.
Em sua área é possível encontrar a nascente do Córrego Guará, uma Mata Ciliar que o acompanha, um campo de orquídeas, além de outras espécies significativas do ecossistema do cerrado fornecendo água para a bacia hidrográfica do Paranoá e melhorando consideravelmente a qualidade do ar e, conseqüentemente, o clima da cidade.
Na Mata de Galeria remanescente foram encontradas várias espécies arbóreas, entre as quais uma rara e ameaçada de extinção, o Podocarpos Brasiliensis, um pequeno pinheiro que ocorre em áreas alagadas constituindo-se na única espécie de conífera do cerrado brasileiro.
A implantação do parque tem o objetivo de garantir a preservação dos ecossistemas, além de possibilitar as pesquisas para o repovoamento da área com a fauna e flora do cerrado e proporcionar à sociedade a prática de atividades educativas, esportivas e socioculturais em plena harmonia com a natureza.
Com o aumento populacional previsto para o Guará, a construção de novos prédios e a criação de novas quadras para moradia, ocorrerá um grande aumento da temperatura da nossa cidade, em razão do aumento de cobertura asfáltica, a diminuição da circulação de ventos em função dos altos prédios, maior número de pessoas habitando e consequentemente o aumento do número de veículos. O Parque Ecológico do Guará representará nesse sentido, além do que já é, um importante espaço verde para melhoria do clima, do ar e da qualidade de vida.
Não podemos permitir que esse espaço seja tomado por prédios, cimento, asfalto! Por nossa vida e a dos nossos filhos, netos e todas as gerações futuras, precisamos implantar o Parque Ecológico do Guará e para isso é necessária a participação de toda a comunidade para que os deputados revejam suas atitudes. Não se cale, participe!
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Nasce o movimento organizado SOS PARQUE ECOLÓGICO DO GUARÁ

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Caros leitores;

O Parque Ecológico do Guará é uma área pública de preservação e de livre acesso à população, que atualmente foi definida como área para parcelamento rural pelo artigo 285 do PDOT (Plano Diretor de Ordenamento Territorial) totalizando uma área que é quase a metade da área total do parque.

Com a participação de diversos segmentos da sociedade civil guaraense, o "Movimento em defesa do Parque Ecológico do Guará" se consolida como o primeiro movimento composto por integrantes de diversos outros movimentos e moradores, que sempre defenderam o parque, e que agora se uniram para uma reivindicação que tem estritamente o Parque Ecológico do Guará como bandeira principal.

Esse movimento tem caráter estritamente popular, ou seja, não será aceita de forma alguma a vinculação desta luta a qualquer partido político, sigla, nome ou empresa. Entretanto, todos os apoios e manifestações pró-parque serão muito bem recebidas, mesmo porque nosso movimento será sustentado com a contribuição espontânea de todos os moradores e comerciantes do Guará que quiserem contribuir para as nossas ações de divulgação.

Acreditamos firmemente que só a ativa participação popular pode fazer com que esta causa ganhe mais espaço nos jornais e na televisão e agradecemos o grande e crescente espaço que o tema tem ganhado nos últimos dias.

Nós, moradores do Guará, lutaremos até o fim para ver o Parque Ecológico do Guará (Parque Ezechias Heringer) devidamente recuperado e implantado, à exemplo do Parque Olhos D'água, localizado na SQN 414/415 na Asa Norte do Plano Piloto, que hoje é nossa referência em modelo de parque comunitário.

Esta é uma dívida antiga de todos os governos que já passaram pelo Distrito Federal, e não toleraremos mais o descaso e a falta de vontade política que sempre houve com essa área tão rica em fauna e flora que, como todos os outros parques do DF (salvo raras excessões) sofre com o desprezo dos políticos e sucessivos governos.

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