21 de jul. de 2009

REDE GLOBO - DFTV - Obra da Linha Verde na EPTG está soterrando o Córrego do Guará



Já não é mais possível ver o leito do córrego que passava por baixo da pista. Ambientalistas e moradores da região cobram a licença ambiental.


A obra começou há apenas um mês, mas já preocupa. O Córrego do Guará nasce dentro da reserva ecológica vizinha à Estrada Parque e deságua no Lago Paranoá. Nas fotos tiradas antes do início da obra, era possível ver parte córrego. Hoje, nem isso é possível. Foi tudo aterrado.

“A Linha Verde da EPTG é necessária para facilitar o fluxo do trânsito. Só que a gente precisa conciliar o desenvolvimento com a preservação ambiental”, alerta o representante da Sociedade Amigos do Parque do Guará, Guto Gomes.

Na Estrada Parque Taguatinga existe uma canalização que garante o curso das águas por baixo da pista. Mesmo assim, os moradores temem os efeitos da pavimentação da terceira via. Quando ela for asfaltada, o solo que hoje é naturalmente encharcado pode secar e, assim, o volume de água que vai para o Lago Paranoá vai diminuir.

“Ela está invadindo uma nascente e comprometendo toda uma bacia, que é a Bacia do Paranoá. Nós queremos saber da licença e da compensação ambiental. Por lei, devemos saber disso. Nós moramos no Guará e ainda temos um meio ambiente preservado. E por conta dessa obra, estamos nos sentindo ameaçados”, reclama o vice-presidente comunitário do Guará, Walterman Gama.

Por falar nisso...

Em nota, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) afirmou que pegou o processo de licenciamento da área já em andamento. Antes, estava sobre a responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Mesmo assim, O Ibram afirmou que conhece o problema e que já pediu a recuperação do córrego e do parque ao GDF.

Lanusse Martins / Lázaro Aluísio